31 de jul. de 2011

Busca da acessibilidade

Obra malfeita barra aluno deficiente em escola pública

Na escola estadual Brigadeiro Eduardo Gomes, zona norte da capital, o governo gastou com reformas para torná-la acessível a deficientes. Mas deixou uma escada com quatro lances, quase 50 degraus, como única forma de se chegar à quadra. O cadeirante precisa ser levado por colegas ou servidores.
Perto dali, a reforma do colégio Parque Anhanguera permite a circulação do cadeirante. Mas o deficiente visual não conta com indicação no solo para evitar choque com obstáculos ou evitar a queda em escadas.Os colégios integraram o programa de obras do governo paulista para tornar acessível parte da rede estadual de ensino, a maior do país. Foram gastos R$ 690 milhões desde 2007 (para acessibilidade e outras necessidades).
Elas integraram também o grupo de escolas onde as obras foram insuficientes ou mal feitas, segundo auditoria do Tribunal de Contas de SP.Foram analisados 100 dos 850 colégios reformados.
Em metade da amostra houve "irregularidades" no trabalho ou "oportunidade de melhoria que deixaria o prédio plenamente acessível".Dois dos princípios de um local adaptado é que o deficiente possa ter acesso a todos ambientes e autonomia para locomoção. Legislações federal, estadual e municipal exigem que prédios públicos já sejam adaptados.Na auditoria do tribunal, algumas das falhas mais encontradas foram ausência de piso tátil para deficientes visuais e de local adaptado para que cadeirantes possam socializar nas quadras.

OBRA INCOMPLETA
A Folha visitou semana passada duas das escolas reformadas. Na Parque Anhanguera, o cadeirante conta com rampas e elevador.

Mas o deficiente visual não possui indicações no solo para andar com segurança.O colégio tem hoje um aluno com essa deficiência. O diretor da escola, Reginaldo Lopes, diz que o estudante nunca teve problema porque os colegas o guiam. "Ao mesmo tempo que o jovem é cruel, também é acolhedor."Na Brigadeiro Eduardo Gomes, há indicação para o deficiente visual, mas o cadeirante não chega à quadra.A engenheira Sanrlei Polini, que acompanhou a Folha, destacou a quase ausência de identificação de ambientes adaptados (exigência legal). "Mas o governo está no caminho, só não pode parar", disse a especialista em regularização de imóveis.Outro problema apontado pela auditoria é o descumprimento da meta lançada em 2007 pelo então governo José Serra (PSDB) de tornar acessível 50% das escolas es0taduais até 2010.


Atualmente, a proporção está em 15%.A auditoria foi usada para julgamento das contas do 0governador em 2010, aprovadas no final de junho.

Veja os problemas de acessibilidade das escolas
folha.com.br/vi951994


OUTRO LADO
Secretaria diz que as reformas serão feitas novamente
Caso sejam constatadas falhas na execução do que já foi realizado, empreiteiras serão responsabilizadas
A Secretaria da Educação afirmou que fará novas intervenções para solucionar os problemas encontrados na acessibilidade das escolas.
"Vamos voltar e fazer o trabalho de novo. Se for falha de execução, acionaremos as empresas que fizeram o serviço", disse o chefe de gabinete da pasta, Fernando Padula. Segundo a secretaria, há também a possibilidade de ter havido erros nos projetos feitos pelo governo.
A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) afirma que, quando se decide reformar uma escola, a ideia é torná-la acessível a qualquer deficiente.
"O processo nas escolas estaduais é dinâmico e grandioso. Erros podem ocorrer. Se houve, vamos arrumar", afirmou a gerente de projetos da FDE (fundação da pasta responsável pelas obras), Avany de Francisco Ferreira.
Em relação ao descumprimento da meta das obras, de tornar acessível 50% da rede, a pasta diz que houve redirecionamento de prioridades.
Parte dos recursos foram para ampliação ou construção de escolas (para desafogar outras) e eliminação de colégios padrão Nakamura (espécie de escola de lata).

ACORDO COM PROMOTOR
A Secretaria da Educação afirmou que apresentou à Promotoria plano para quase triplicar o número de escolas adaptadas em dez anos.
A pasta pretende oferecer ao menos uma unidade acessível em um raio de até 2 km em todas as áreas urbanas do Estado. Nas rurais, a distância aumenta para 15 km.
O plano prevê obras em 1.495 escolas, ao custo total de R$ 1,3 bilhão. A pasta planeja oferecer transporte para o deficiente chegar ao colégio adaptado. Atualmente, são cerca de 15 mil alunos deficientes na rede estadual.
O governo pretende assinar um termo de ajustamento de conduta com a Promotoria, comprometendo-se a cumprir o programa, para evitar novas ações judiciais.
"Hoje, promotores entram na Justiça e nos forçam a reformar escolas que não estavam no plano inicial", disse o diretor de obras da FDE, José Arlindo César Marcondes.
"Isso desorganiza o nosso planejamento e faz com que deixemos de reformar escolas realmente prioritárias."
O promotor Luiz Antonio Miguel Ferreira afirma que ele e outros colegas analisam a proposta. "Pessoalmente, acho o período de dez anos extenso. As escolas já deveriam ser acessíveis", disse Ferreira, coordenador da área de educação do centro de apoio cível da Promotoria.

FRASES
"Não dá para deixar acessível 5.000 escolas de uma só vez. Mas todos terão próximo uma escola adaptada"
JOSÉ ARLINDO MARCONDES
responsável pelas obras da secretaria

"A preocupação com acessibilidade é nova. Aos poucos, vamos resolvendo"
MONICA MASCHIETTO
diretora da escola José Marcelino da Fonseca, que possui boa estrutura para deficientes, mas onde ainda há, por exemplo, desnível para chegar à quadra

"A obra não ficou satisfatória se o deficiente precisar de ajuda para se locomover"
SANRLEI POLINI
diretora da Soluções Consultoria, que atua em regularização de imóveis

DEPOIMENTO
Mesmo os colégios particulares não estão prontos para incluir
'Na hora de fazer a matrícula e receber o dinheiro, todos se dizem acessíveis e preparados para receber deficientes físicos'

Sou cadeirante. Minha primeira experiência escolar aconteceu numa instituição particular [na zona norte de SP; a escola faliu], ainda no ensino infantil. Eles me deixavam quieto num quarto, sozinho, e não podia chorar.
"Se chorar sua mãe não vem te buscar", dizia uma das "tias". Fiquei nessa escola durante seis meses.
Achamos uma outra escola rapidamente. Na hora de fazer a matrícula e receber o dinheiro, todas falam que são acessíveis e preparadas.
Fui para a Estrela dos Sonhos. Quando estudava na parte da manhã com a professora Ana Paula, foi uma coisa maravilhosa. Nem sei se ela tinha especialização.
Quando passei do jardim 1 para o 2, mudei de professora e passei a não conseguir acompanhar a turma.
Saí depois de um ano. Já vacinados, meus pais procuraram novamente escola não regular, o Centro de Reabilitação da Uniban.
A proposta era, no menor tempo possível, acostumar os deficientes com a rotina escolar e depois incluí-los numa escola regular. Fiquei lá no ano de 2002.
Voltei para o ensino regular particular, no Instituto Cultural Criando Arte, que possui rampa e se mostrou disposto a fazer outras adaptações. Me senti seguro.
Em 2006, fui para a escola estadual Buenos Aires, onde estou até hoje. Ela possui o mínimo de adaptações físicas e funcionários comprometidos com a inclusão.
Após a Folha publicar uma reportagem, o banheiro foi consertado [estava sem porta]. Mas a carência de materiais impede que deficientes com menos independência do que eu façam tarefas triviais como escrever.
O fato é que existem hoje poucas escolas inclusivas, públicas ou particulares.
RAPHAEL PRETO PEREIRA 16, cadeirante

ANÁLISE
Falta de acesso no ambiente escolar é paradoxo para educação
Geralmente, não pensamos nos detalhes sobre ir e vir. Tampouco nos preocupamos se o local a ser visitado tem acesso fácil, se haverá comunicação entre os diferentes espaços.
A situação é diferente para pessoas com deficiências físicas, visuais ou com mobilidade reduzida. Elas precisam de locais projetados para permitir a acessibilidade e, também, que esse acesso possa ser realizado pela própria pessoa, de forma independente e autônoma.
Por serem espaços institucionais que têm como tarefa a produção de conhecimento, a construção de cidadania coletiva e a preparação para o trabalho, a situação das escolas é peculiar.
O reconhecimento do papel fundamental que a educação tem na vida das pessoas, em sociedades nas quais os princípios da democracia e da cidadania direcionam a organização política e a sociedade civil, torna-a compulsória (obrigatória), considerada direito público.
A não existência de acessibilidade em escolas públicas é um paradoxo, pois o próprio Estado que define a obrigatoriedade da educação acaba por não permitir que as famílias cumpram o dever constitucional de ter os seus filhos na escola.
O relatório do Tribunal de Contas do Estado aponta que, mesmo onde já houve obras, alunos com deficiência continuam com grandes dificuldades. A justificativa, por exemplo, da não instalação de pista podotátil para deficientes visuais devido à ausência de fornecimento pode soar como impossível.
De qualquer forma, é um avanço o poder público entender que escolas devam ser adaptadas. Mas continua a questão: o que fazer com quem não cumpre a lei (Decreto 5.296 de 2004, por exemplo) e não adapta escolas e outros espaços?

SHIRLEY SILVA é professora da Faculdade de Educação da USP, pesquisadora de políticas públicas e de educação inclusiva
Fonte: reportagem de Fábio Takahashi, publicada na Folha de 31/07/11.

25 de jul. de 2011

Mercado de trabalho.

Deficiente graduado perde espaço
Número de profissionais com ensino superior no mercado cai 28,2% nos últimos três anos


O número de pessoas com deficiência com ensino superior completo ou pós-graduação no mercado formal de trabalho caiu 28,2% nos últimos três anos. Entre profissionais de todas as escolaridades, a queda foi de 12,3%.
Em 2007, quando o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) começou a analisar esse mercado, 51.676 empregados tinham de graduação a doutorado. No ano passado, eles totalizavam 37.103.
A queda na absorção de profissionais com ensino superior completo ou pós ocorre apesar da reclamação constante das companhias da falta de qualificação dos trabalhadores para cumprir a Lei de Cotas (leia ao lado). "Poucas empresas abrem vaga com alto grau de exigência", diz a superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Teresa Costa Amaral.
Camila Isoldi Seabra, 33, que nasceu sem a perna direita e usa prótese, está desempregada há mais de dois anos. A profissional tem diploma de curso superior em psicologia e em pedagogia. "Por todo lugar que passei, é como se eu não tivesse credibilidade profissional", conta.
Com uma pós em direito tributário encaminhada, o advogado Breno Close Angelo de Carvalho, 40, conta que conseguia ocupações administrativas. Agora, ele tem o próprio escritório.
"Chegaram a me contratar como analista tributário, mesmo eu tendo deixado claro que não tinha conhecimentos contábeis." Resultado: foi demitido em 45 dias.
Carvalho é cadeirante desde 1999, quando reagiu a um assalto em São Paulo.

FORA DO MERCADO
Mesmo se fosse cumprida integralmente, a Lei de Cotas excluiria mais de 5 milhões de profissionais, concluiu o economista Vinícius Gaspar Garcia, em seu doutorado, defendido neste ano na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
"A lei geraria cerca de 900 mil vagas por ano, mas temos 6 milhões de pessoas [com deficiência em idade ativa]." Entre profissionais aptos, 5% estão no mercado formal.
O secretário municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Marcos Belizário, diz que o baixo número de empregados mostra despreparo do mercado. "As empresas correm para cumprir a cota após a fiscalização", diz.

LEI QUE OBRIGA CONTRATAÇÃO FAZ 20 ANOS
A lei nº 8.213 estabelece cotas de contratação de pessoas com deficiência desde 24 de julho de 1991. A fiscalização começou em 2005 e resultou, até junho deste ano, na contratação de 151.732 profissionais

Maioria das vagas é para nível operacional
Até 90% das vagas oferecidas por empresas de recrutamento e seleção especializadas em pessoas com deficiência exigem até ensino médio.
Na i.Social, por exemplo, 90% dos postos são operacionais. "Temos problemas para encontrar vagas para pessoas qualificadas", afirma o sócio-diretor Jaques Haber.
Na Plura Consultoria, metade das vagas são operacionais. O diretor da empresa Alex Vicintin afirma, contudo, que o mercado está começando a "pensar fora da caixa". Segundo ele, a mudança exige também uma nova atitude dos candidatos. "Muitos confundem direitos com regalias", considera.
"Esse mercado está mudando e está aquecido", diz Cláudio Tavares, sócio do site Deficiente Online, no qual 60% das vagas são para candidatos que têm de ensino médio a superior em curso.
Na Incluir RH, 40% das vagas exigem até ensino médio.
Pós-graduado em projetos, Victor Rocha, 24, que tem braço esquerdo menor do que o direito, diz nunca ter encarado dificuldades na carreira. Hoje é sócio de empresa.
Fonte: artigo de Camila Mendonça, para a Folha de 24/07/2011.

22 de jul. de 2011

Alterada a composição

DECRETO N° 7.849
DE 20 DE JULHO DE 2011

Altera a composição do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CMDPD, na forma que especifica.

MOYSÉS ANTONIO MOYSÉS, Prefeito do Município de Valinhos em exercício, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 80, inciso VIII, da Lei Orgânica do Município,

DECRETA:
Art. 1°. A composição do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, instituído pela Lei nº 4.192, de 19 de outubro de 2007, e composto pelo Decreto nº 7.551/10, é alterada na seguinte conformidade:

I. Representantes do Poder Executivo:
a.
...
c. Integrantes da Secretaria da Educação:
1. Titular: Yamara Baptista Vassoli;
2. Suplente: Vera Lúcia Caselli Messias;

d. Integrantes da Secretaria de Esportes e Lazer:
1. Titular: ...;
2. Suplente: Valdir Sebastião Costalonga;
...
f. Representantes da Secretaria da Saúde:
1. Titular: ...;
2. Suplente: Cláudia Aparecida Marchetti Duarte;

g. Representantes da Secretaria de Transportes e Trânsito:
1. Titular: ...;
2. Suplente: Antonio Favarin;

II. Representantes da sociedade civil: ...
a.
....
c. Integrantes de entidades de classe:
1. Titulares:
1.1. Silmara Rodrigues Antonazzi Mariano;
1.2. Rosa Helena Manali Bortoletto;
1.3. ... ;

2. Respectivos suplentes:
2.1. não indicado;
2.2. ... ;
2.3. ...

§ 1°. Consideram-se empossados os integrantes com o início da vigência do presente, independentemente de quaisquer formalidades.

§ 2°. O mandato dos membros ora nomeados coincidirá com o dos demais membros do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Art. 2º. A função dos componentes, honorífica e não remunerada, é considerada de relevante interesse público.

Art. 3º. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Valinhos, 20 de julho de 2011.
MOYSÉS ANTONIO MOYSÉS
Prefeito Municipal em exercício

WILSON SABIE VILELA
Secretário de Assuntos Jurídicos e Institucionais

MÁRCIO FERREIRA
Secretário de Desenvolvimento Social e Habitação


Redigido e lavrado consoante os elementos constantes no processo administrativo nº 12.751/06-PMV. Publicado no Paço Municipal, mediante afixação no local de costume, no dia 20 de julho de 2011.

Marcus Bovo de Albuquerque Cabral
Diretor do Departamento Técnico-Legislativo
Secretaria de Assuntos Jurídicos e Institucionais

18 de jul. de 2011

2ª Caravana da Acessibilidade

A Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com apoio da União dos Vereadores do Estado de São Paulo inicia em Piracicaba, no próximo dia 30 de julho (sábado), a segunda versão da Caravana da Inclusão Social, Cidadania e Acessibilidade para debater as questões relacionadas à educação inclusiva e mercado de trabalho.
A Secretaria, para direcionar a caravana, fez pesquisa junto à rede  estadual de ensino, que mostrou que as relações familiares estão extremamente ligadas ao mau desempenho deles na escola. Ficou claro também que muitos profissionais de Ensino têm dificuldade em compreender o que é deficiência. “Por isso, a Educação Inclusiva deve ser adotada como uma política sistêmica, sendo inserida em meios educacionais de forma generalizada, fazendo com que cada  vez mais haja conexão entre todos os alunos das redes de ensino”, disse a secretária Linamara Rizzo Batistella.
Será realizado para esse fim, uma série de 10 seminários, estrategicamente divididos pelo Estado. Os eventos terão o apoio das câmaras e prefeituras municipais, fundamental para a mobilização de todos os envolvidos na questão da inclusão social e cidadania.
A secretária Linamara espera o engajamento de todos, inclusive da sociedade civil. “Buscar capacitação, levar capacitação para o município, exigir em todas as concessões a contrapartida para garantir a acessibilidade, exigir que na compra de livros didáticos, a contrapartida da acessibilidade. Isso é cidadania, isso é transformar a escola em um veículo importante para novos cidadãos, para que sejam consistentes, para que pessoas sejam capazes de, no universo de nossa sociedade, garantir uma coisa que se chama sustentabilidade. Para que essa sociedade seja sustentável, nós precisamos colocar todos para dentro, nós não podemos mais conviver com um número mínimo de pessoas trabalhando para assegurar o bem estar social de todos. Nós precisamos começar a inversão agora, vamos trazer todos para dentro da produção, vamos garantir escola de qualidade para crianças com e sem deficiência, vamos fazer com que cada um, a sua maneira, participe e interaja, promova a transformação. Que faça deste mundo, um mundo para todos”, finaliza a doutora Linamara.
O presidente da Uvesp, Sebastião Misiara  está trabalhando no sentido de transformar o vereador no principal agente dessa transformação. “Estamos falando de 6324 agentes públicos que têm a missão de trabalhar pelo desenvolvimento social e sustentável dos municípios”, disse.

PIRACICABA
DIA  30 DE JULHO - SÁBADO
DAS 9H AS 13H
LOCAL: ESTAÇÃO DO IDOSO
ENDEREÇO: RUA DR JOÃO CONCEIÇÃO, 659 - PAULISTA - PIRACICABA - SP
Público Alvo: Prefeitos, vereadores, Servidores Públicos, Pessoas com deficiência e Sociedade Civil

AGENDA DOS PRÓXIMOS SEMINÁRIOS
  • OLÍMPIA – 13 DE AGOSTO
  • MOGI DAS CRUZES – 27 DE AGOSTO
  • CATANDUVA –  10 DE SETEMBRO
  • LENÇOIS PAULISTA – 24 DE SETEMBRO
  • ASSIS – 08 DE OUTUBRO
  • ITAPETININGA – 22 DE OUTUBRO
  • ARARAQUARA – 12 DE NOVEMBRO
  • PARIQUERA AÇÚ – 26 DE NOVEMBRO
  • SÃO PAULO –10 DE DEZEMBRO

Mais informações, favor entrar em contato com a assessoria de comunicação da UVESP, pelos telefones (11) 3884.6746 / 38846661 ou pelo e-mail imprensa@uvesp.com.br ou ainda pelo site www.uvesp.com.br

11 de jul. de 2011

Ata da 46ª Reunião.

Quadragésima Sexta (46ª) Reunião, Ordinária, do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada no dia onze de julho de dois mil e onze (11/07/2011), às oito horas e trinta minutos (8h30), no Auditório da Casa dos Conselhos. Reunião convocada pela Presidente, conforme publicação realizada na Casa dos Conselhos, com a seguinte Pauta: 1) Leitura, apreciação e aprovação da ata 45ª; 2) Comunicados da presidência; 3) Avaliação do II  Encontro de Mobilização sobre os direitos da PCD.; 4) Assuntos gerais. Estiveram presentes na reunião, conforme Controle de Presença, os Conselheiros Titulares: Lucimara Esteves, Larissa Tosin Stroppa Rovere, Kátia Regina Carvalho Lima, Ademir Bueno Martins, Vagner Alves de Souza, Silmara Rodrigues Antonazzi Mariano e Regina Augusta Donadelli; a Conselheira Suplente: Valdir Sebastião Costalonga, Antonio Favarin e Jesus Donizete Piva; e justificaram a ausência: Robson Augusto Furiozo, Yamara Batista Vassoli, Roberta Maria Marcondes Cimino, Marco Aurélio Padilha Júnior, Vera Lúcia Caselli Messias, Marlene Coleti Omissolo, Margareth Solange Marcuccio Bucheroni e Marcos André Ferreira de Araujo. A reunião foi aberta pela Presidente Regina Augusta em segunda chamada de acordo com o RI, seção I do Plenário artigo 15.  Iniciou-se com o item 1) Leitura, apreciação e aprovação da ata 45ª:  que foi lida pela 1ª secretária Kátia Regina, ata aprovada por unanimidade. Por decisão do Plenário as próximas atas serão enviadas por e-mail aos conselheiros para fazerem à leitura e se houver alguma correção a fazer, deverá fazê-lo no início da reunião onde não será mais feita a leitura total da ata, para ganho de tempo.  2) Comunicados da presidência: Como combinado na reunião anterior a Presidente Regina Augusta entrou em contato com o Sr. Sebastião Maria que explicou que a verba para o transporte de Francisco não foi liberada. Mesmo assim, levantaria novamente a questão. O Conselheiro Ademir Bueno Martins, presente à reunião, fala sobre Francisco e que o visitou em sua casa, dizendo das condições precárias da família e se comprometeu a falar com o Secretário Márcio para saber realmente qual a ajuda que está sendo dada a ele e depois passará as informações à Presidente. Falou também sobre ônibus adaptados às PCD verbalizando que neste ano termina o contrato com a atual empresa e que até o final do ano já estará contratada uma empresa especializada. O Conselheiro Piva expõe que a APAE tem uma perua adaptada e que está a disposição da Prefeitura para fazer um contrato para uso dela. Fato este que a Presidente Regina já havia apresentado ao Prof. Zeno e Sr. Ademir há alguns meses. 3) Avaliação do Evento de Conscientização: Falou-se das razões prováveis pelo qual o Evento não foi bem sucedido, especialmente pela falta de empenho dos Conselheiros. 4) Assuntos gerais: A Presidente Regina Augusta levou à reunião vários livros, sobre os direitos da PCD, que agora fazem parte da “Biblioteca do Conselho” e que estão à disposição dos Conselheiros para que conhecedores dessas Leis possam ajudar ainda mais nas cobranças de tais Direitos, junto a Administração Pública e Conscientização da Sociedade Civil. A Presidente expôs também que é necessário fazer uma reavaliação no Regimento Interno, para que ele possa servir de maior orientação para os problemas enfrentados nos quatro anos de gestão deste Conselho. Nada mais havendo, a reunião foi encerrada pela Presidente Regina Augusta e eu, Kátia Regina, 1ª secretária lavrei esta ata que após lida pelos Conselheiros (via e-mail), feito as devidas correções e aprovada será assinada pela mesa Diretora.

Reunião 46ª.

O conselho esteve reunido no dia de hoje para cumprir a Pauta da 46ª Reunião Plenária do CMDPD.

  
  

6 de jul. de 2011

Convocação e Pauta - 46ª Reunião

Convocação
A Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CMDPD, conforme RI, Seção I, Art. 14, inciso I, CONVOCA, em primeira chamada, com a maioria absoluta dos conselheiros e após 30 minutos, em segunda chamada, com 1/3 dos conselheiros (Art. 15/RI), os membros do Conselho para a 46ª Reunião, Ordinária, que irá ocorrer no dia 11/07/2011 (2ª Feira), às 08h30min, no auditório da Casa dos Conselhos, localizada na Vila Boa Esperança.
Os conselheiros titulares que não puderem comparecer a reunião do CMDPD, têm a obrigação de comunicar seus suplentes, bem como à Secretaria Executiva, em tempo hábil, para fins de justificativa da ausência (§2º, do Art. 8º/RI, Resolução CMDPD nº 01/2008).

Pauta

ORDEM DO DIA:

1. Leitura, apreciação e aprovação da ata 45ª;
2. Comunicados da presidência;
3. Avaliação do Evento de Conscientização;
4. Assuntos gerais. 

Valinhos, 06 de Julho de 2011.
Regina Augusta Donadelli
Presidente do CMDPD

4 de jul. de 2011

Cegos usam técnica para ''ver'' com audição

Cientistas desvendam fenômeno da ecolocalização - estratégia para produzir imagens mentais com sons reverberados pelo ambiente
Como muitos californianos, Daniel Kish gosta de andar de bicicleta, descobrir novas trilhas nas montanhas e convidar amigos para uma partida de basquete. Com uma diferença: Kish não enxerga. Ele utiliza um sentido semelhante ao sonar de morcegos e golfinhos para reconhecer o ambiente. Poucas pessoas - entre elas, alguns brasileiros - aprendem a "ver" com os ouvidos. E a ciência começa a entender o que elas têm de especial.
Kish foi o primeiro cego acreditado para guiar outros cegos nos Estados Unidos. Ainda bebê, um tumor na retina extirpou seus olhos. Com 2 anos, começou a estalar a língua. Com 10, adquiriu consciência da técnica que desenvolvera involuntariamente para conhecer o mundo. O barulho que sua boca produzia reverberava nas coisas e munia seu cérebro de dados valiosos: localização, dimensão e profundidade dos objetos, informação suficiente para alcançar uma grande independência.
Pesquisadores canadenses suspeitavam que cérebros de pessoas que dominam a ecolocalização não processariam informações auditivas de forma convencional. Com o auxílio de um sofisticado aparato de ressonância magnética funcional, mergulharam nos neurônios de Kish e ficaram surpresos com o que encontraram: os ecos são tratados como imagens na cabeça do americano (mais informações nesta página).
A ciência confirmou assim as explicações do próprio Kish: "Parece complicado, mas não é. O cérebro já costuma produzir imagens usando ondas de luz." Na ecolocalização, elas são simplesmente substituídas pelas ondas sonoras.
"Há muita informação sensorial nos ecos", confirma Lore Thaler, da Universidade de Ontário Ocidental, no Canadá. "Mas não sabemos exatamente como é interpretada." O estudo canadense foi publicado na revista PLoS One.
Ivan Freitas, professor de educação física em São Bernardo do Campo, perdeu a visão aos 6 anos, vítima de um glaucoma. Hoje, tem 39. Como Kish, começou a estalar a língua cedo. Perdeu a conta das vezes que lhe disseram: "Para de fazer esse barulho, menino! Que irritante!" Ficava quieto por algum tempo e, depois, voltava aos estalos. "Era mais forte do que eu. Nem percebia que fazia aquilo para me localizar", comenta.
A maioria dos brasileiros que utilizam a ecolocalização é como Freitas. Diferentemente dos americanos, não criaram teorias elaboradas para aprimorar a técnica. Surgiu com a naturalidade de uma descoberta involuntária.
Kish fundou a World Access for the Blind. O lema do grupo - "our vision is sound" - pode ser traduzido como "nossa visão é o som" ou "nossa visão é acurada", ambiguidade que descreve bem o objetivo da iniciativa: ajudar deficientes visuais a utilizar a ecolocalização para aumentar sua autonomia. "Nossa principal bandeira: a técnica pode ser ensinada. É como aprender piano. Nem todo mundo conseguirá tocar no Carnegie Hall, mas muita gente pode aprender a tocar", garante Kish. A organização percorre o mundo, dando palestras e cursos. Ao Estado, Kish disse que já recebeu convites para vir ao Brasil, "mas ainda não deu certo".
Para o analista de sistemas Sandro Laina, de 30 anos, a ecolocalização foi o jeito que encontrou para brincar com os irmãos e os primos nas ruas de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. "Não queria ser diferente dos outros e sair tateando muros. Eu estalava os dedos e batia palmas para saber se tinha um poste ou uma parede à frente", conta Laina, cego desde os 7 anos por um glaucoma que "nem 14 cirurgias conseguiram resolver".
Laina começou a usar sua técnica nas corridas de pega-pega e logo passou para a bicicleta. Costuma seguir um dos irmãos ou amigos, enquanto pedala. Quando não tem "um guia", fala sem parar, como forma de evitar os obstáculos. "Tenho certeza que essa minha experiência na infância me dá autonomia hoje para me locomover com mais segurança", afirma.
Ele acredita que todos os cegos utilizam uma forma rudimentar de ecolocalização, mesmo sem perceber. "Basta colocar uma proteção de borracha na ponta da bengala de muitos cegos para deixá-los loucos", afirma. "Eles usam aquele barulhinho da ponta rígida batendo no chão para identificar obstáculos." Segundo Laina, tricampeão paraolímpico de futebol de cinco (para cegos), esportes podem aprimorar a percepção sensorial.
Mel Goodale, principal responsável pela pesquisa canadense, afirma que a ecolocalização em humanos permitirá uma melhor compreensão do fenômeno em morcegos e outros animais, pois pessoas podem verbalizar suas experiências. Kish, por exemplo, compara os sons que produz ao flash de uma câmera fotográfica: iluminam o mundo e permitem a fixação de uma imagem no cérebro.
Naturalmente, o cenário obtido não possui o grau de definição necessário para tornar verossímeis as aventuras do Demolidor - super-herói cego da Marvel que utiliza ecolocalização. Mas Kish aponta algumas vantagens na técnica. Como o som chega de todos os lados, ela permite uma "visão" de 360°.
Fonte: matéria de Alexandre Gonçalves e Clarissa Thomé - O Estado de S.Paulo, de 03 de julho de 2011.

2 de jul. de 2011

Encontro de Mobilização - V

Segue abaixo os slides apresentados durante o 2º Encontro de Mobilização, no qual há um breve apanhado histórico do conselho e outros fatos ocorridos durante o período de formação e consolidação do CMDPD Valinhos, para ler basta clicar nas figuras.









1 de jul. de 2011

Encontro de Mobilização - IV

Realizou no dia de hoje no Auditório da Casa dos Conselhos o 2º Encontro de Mobilização, no qual foi apresentado um apanhado histório das ações dos conselho, inclusive das ocorrência anteriores a criação do CMDPD.





Encontro de Mobilização - III