23 de mai. de 2012

Convocação e Pauta - 60ª Reunião.



Convocação
  
A Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CMDPD, conforme RI, Seção I, Art. 14, inciso I, CONVOCA, em primeira chamada, com a maioria absoluta dos conselheiros e após 30 minutos, em segunda chamada, com 1/3 dos conselheiros (Art. 15/RI), os membros do Conselho para a 60ª Reunião, Ordinária, que irá ocorrer no dia 11/06/2012 (2ª Feira), às 08h30min, no auditório da Casa dos Conselhos, localizada na Vila Boa Esperança.
Todos deveram comparecer nesta reunião titulares e suplentes.

Pauta

EXPEDIENTE:
  1. Comunicação e justificativas de ausência de conselheiros;
  2. Leitura, discussão e aprovação da ata da reunião 59ª;
  3. Ciência de correspondências e documentos recebidos;


ORDEM DO DIA:
  1. Explanação das atividades dos mandatos anteriores pelos Ex-Presidente e Vice Presidente;
  2. Conferência Regional: relato pelos delegados participantes;
  3. Encaminhamento sobre o Plano de Trabalho do conselho;
  4. Assuntos Gerais.

Valinhos, 23 de maio de 2012.

Silmara Rodrigues Antonazzi Mariano
Presidente do CMDPD

19 de mai. de 2012

14 de mai. de 2012

59ª Reunião Plenária

Ocorreu, no dia de hoje, a primeira reunião do terceiro mandato do CMDPD Valinhos, para cumprir a pauta da 59ª Reunião, na qual foi eleita na Mesa Diretora.




Compõe Mesa Diretora.


PORTARIA CMDPD Nº 08/2012
DE 14 DE MAIO DE 2012

“Compõe a Mesa Diretora do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CMDPD, na forma que especifica”.

Em Eleição realizada no Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência - CMDPD, na 59ª Reunião Plenária, realizada no dia 14 de maio de 2012,

RESOLVE:

Art. 1º - Compor a Mesa Diretora do CMDPD, de conformidade com as normas regimentais, pelos seguintes conselheiros eleitos na reunião plenária e nas funções que especifica:
  1. Silmara Rodrigues Antonazzi Mariano, Presidente;
  2. Lisandra Alves de Souza, Vice-presidente;
  3. Maria Teresa Del Nino Jesus Espinós de Souza Amaral, Primeira Secretária;
  4. Bruno Vinícius Maróstica Mamprim, Segundo Secretário.

Art. 2º - Os membros da Mesa Diretoria tomam posse independente de qualquer formalidade, para um mandato de dois anos. 

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 4º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua aprovação pelo Plenário do Conselho e será publicada em Boletim Municipal.

Valinhos, 14 de maio de 2012.

Silmara Rodrigues Antonazzi Mariano
Presidente do CMDPD

Ata da 59ª Reunião.


Qüinquagésima nona (59ª) Reunião Ordinária do CMDPD – Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada aos quatorze dias do mês de maio de dois mil e doze, no Auditório da Casa dos Conselhos, localizada à Rua 31 de Março s/nº, Praça Anny Carolyne Bracalente, Vila Boa Esperança, Valinhos/SP. Teve seu início às 8horas e trinta minutos. Estavam presentes os seguintes conselheiros TITULARES: Mirian Corrêa Diniz Barbeto, Dulcelena Pereira dos Santos, Ana Glória de Aráujo Tomesani, Elaine Cristina Bertarello, Lisandra Alves de Souza, Maria Teresa Amaral, Silmara R.A. Mariano, Sandra Regina da Silva. SUPLENTES: Bruno V. M. Mamprim, José Ap. Palmeira e Armando Pedro Filho. Presentes 10 (dez) conselheiros com direito a voto. A Secretária Cristina distribuiu a Lei  do Conselho com o Regimento Interno à todos os presentes, em seguida foi lida a pauta pela conselheira Lisandra I – EXPEDIENTE: Comunicação e justificativas de ausência de conselheiros; foi justificada a ausência da conselheira Marisa A. G. Mathias da Silva. 2) Ciência de correspondências e documentos recebidos. Não tendo correspondência e nem documentos para ciência dos Conselheiros passou-se para a II - ORDEM DO DIA: 1) Apresentação dos conselheiros; foi realizada uma breve apresentação dos conselheiros 2 ) Eleição da Mesa Diretora, para o biênio 2012 /2014: Para Presidente se apresentou a Conselheira Silmara Rodrigues Antonazzi Mariano da OAB, não tendo nenhum outro candidato, foi aclamada por unanimidade. Para Vice Presidente se apresentaram Lisandra Alves de Souza e Maria Teresa Amaral, sendo que esta retirou sua candidatura, ficando eleita para Vice Presidente a conselheira Lisandra, por maioria absoluta. Para primeira secretária foi indicada pelos presentes a conselheira Maria Teresa e o conselheiro suplente, Bruno Vinicius Mamprim , se disponibilizou, tendo sido eleita a conselheira Maria Teresa como primeira secretaria por unanimidade e o conselheiro Bruno Vinicius Mamprim como segundo Secretário. Encerrada a composição da mesa diretora a Presidente se retirou por motivos de saúde, passando a coordenação dos trabalhos para a Vice Presidente. 3)  Assuntos Gerais: foi informado e distribuído um convite para participar da audiência pública que será no dia........ ficando acertados que os conselheiros: Lisandra, Maria Teresa e .........participarão em nome do conselho.  4) Votação do Cronograma de reuniões : ficou definido manutenção do dia, toda segunda, segunda feira do mês e no mesmo horário, ou seja, às 8horas e trinta minutos sendo recomendada a pontualidade. Não havendo nada mais a tratar, foi encerrada a reunião e, eu Maria Teresa Del Niño Jesus E. S. Amaral lavrei a presente ata que será assinada pela mesa diretora após sua aprovação, devendo ser publicada no Boletim Municipal. 

10 de mai. de 2012

PhD com distinção e louvor.

Artista tetraplégica e muda é PhD com 'distinção e louvor'


O primeiro "obrigada" foi mais difícil e demorado. O nervosismo atrapalhava a doutoranda na escolha das letras. No entanto, depois de um "ops!" que arrancou gargalhadas da plateia, ela se soltou e respondeu com desenvoltura aos comentários da banca examinadora.
Ao final de três horas, Ana Amália Tavares Barbosa, 46, recebeu ontem, com "distinção e louvor", o título de doutora em arte e educação pela USP. É a primeira pessoa na sua condição (tetraplégica, muda, deficiente visual e que não consegue mastigar e engolir) a receber o título lá.
Ana Amália escreveu sua tese usando um programa de computador desenvolvido para ela. Ela toca um sensor com o queixo para escolher cada letra e formar, assim, as palavras. No início da cerimônia, fez uma apresentação usando um programa que transforma o texto em voz.
Há dez anos, Ana Amália sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) no tronco cerebral, no dia da defesa da sua dissertação de mestrado. Como sequela, ficou com síndrome do encarceramento ("locked in").
Sua tese, intitulada "Além do Corpo", é fruto de três anos de trabalho com artes visuais, realizado com um grupo de seis crianças com lesões cerebrais atendidas na Associação Nosso Sonho.
A defesa da tese quebrou todos os protocolos. Teve choro, risos, aplausos fora de hora e fala que não estava prevista. "É um momento histórico não só para as pessoas com deficiências, mas para toda a sociedade. Deve levar a uma transformação do modelo educacional vigente", disse a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Battistella.
A mãe de Ana Amália, Ana Mae Barbosa, professora aposentada da ECA (Escola de Comunicação e Artes), preferiu assistir à cerimônia de longe. "Estou nervosíssima e muito orgulhosa. Ela deixou de ser vítima da vida para conduzir a própria vida."
As cinco examinadoras elogiaram a clareza, a objetividade e a concisão do texto de Ana Amália. E, principalmente, o caráter de "manifesto político" do trabalho.
"Ele mostrou que não sabemos nada de aprendizagem, de educação, de cognição, de percepção, de inteligência e de generosidade", afirmou Sumaya Mattar, professora da ECA.
A orientadora de Ana Amália, Regina Stela Machado, resumiu: "A gente dá muita desculpa para o que não faz, vive muito na superficialidade e não vê as coisas importantes da vida."
Ao final, já doutora, Ana Amália disse só uma palavra com os olhos: "Consegui".
Fonte: reportagem de Cláudia Collucci, publicada na Folha de São Paulo de 10/05/2012, e fotografia de Christian Tragni da Folhapress.

9 de mai. de 2012

Tenho algo a dizer.

Arte-educadora paralisada há dez anos por um derrame defende hoje sua tese de doutorado; sem poder falar, Ana Barbosa, 46, se comunica com a ajuda de uma tabela de letras, que ela seleciona com movimentos do rosto, uma a uma.
Ela não fala, não come, não se move. Mas pinta, estuda e ensina arte a crianças que nasceram com paralisia cerebral. Tudo isso usando o olhar, um leve movimento de queixo e um programa de computador desenvolvido especialmente para ela.
Hoje, às 14h, a artista plástica Ana Amália Tavares Barbosa, 46, defende sua tese de doutorado em arte e educação no Museu de Arte Contemporânea da USP, iniciada quando já estava paralisada.
O estudo, intitulado "Além do Corpo", é fruto de três anos de trabalho com artes visuais desenvolvido com um grupo de seis crianças com lesões cerebrais, atendidas na Associação Nosso Sonho, onde Ana também leciona.
Todas as crianças usam cadeiras de rodas, não falam e têm dificuldade de enxergar. Assim como a professora.
Em 2 de julho de 2002, exatamente no dia da defesa da sua dissertação de mestrado na ECA (Escola de Comunicações e Artes), Ana Amália sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) no tronco cerebral e ficou tetraplégica, muda e disfágica (não consegue mastigar e engolir).
"Ela começou a passar mal quando uma das pessoas da banca não apareceu porque confundiu as datas. No hospital, foi perdendo os movimentos, começando pelas pernas", conta a mãe Ana Mae Barbosa, 75, professora aposentada da Faculdade de Educação da USP.
O pai, João Alexandre Costa Barbosa (morto em 2006), crítico literário e também professor aposentado da USP, acompanhava a filha.
Ele relatou à mulher as últimas palavras de Ana Amália. Ao escutar o médico perguntando se ela era muito nervosa, disparou: "Por que vocês médicos sempre acham que a culpa é do paciente?".
Como sequela, Ana Amália ficou com síndrome do encarceramento ("locked in"), retratada no filme "O Escafandro e a Borboleta" (2007).
"No primeiro ano, ela só dizia: 'eu quero morrer'. Depois, voltou a se apossar da vida", diz a mãe.
Foram 40 dias de UTI e quatro meses de internação até Ana Amália voltar para casa. A família conta com três enfermeiras, que se revezam 24 horas, duas fonoaudiólogas e duas fisioterapeutas.
Com a cognição e a memória preservadas, Ana se comunica por meio de um cartão com letras e de um programa de computador (veja quadro abaixo), desenvolvido pelas redes Sarah (Brasília) e Lucy Montoro (SP).
O atual desafio é fazer com que ela mastigue e engula a comida. Ana usa um cateter ligado ao estômago.
Ana Mae consulta a filha o tempo todo. "Quantos semestres você cursou psicologia na PUC como ouvinte? Dois, três, quatro." Ao ouvir quatro, Ana pisca os olhos. "Ela é a minha memória."
A terceira Ana da casa, Ana Lia, 11, tinha apenas um ano e oito meses quando a mãe sofreu o AVC. "Aos poucos, ela aprendeu a interpretar meus olhares", escreve, com os olhos, Ana Amália.
Os desenhos também foram (e continuam sendo) uma conexão entre as duas.
DOUTORADO
No projeto de doutorado, Ana Amália trabalhou, com a ajuda de assistentes, a percepção corporal dos alunos.
Uma das atividades foi desenhar o contorno dos corpos em papel, depois recortá-los e pintá-los. Por fim, construir cenas nas quais os corpos brincam. "Eles exploram o espaço já que não podem fazê-lo na vida real, pois estão presos à cadeira de roda."
Outra preocupação foi a inclusão cultural dos alunos. Ana Amália os levou a espaços como o Instituto Tomie Ohtake e o Jardim de Esculturas (Parque da Luz).
Pergunto qual é sua principal dificuldade. "Conviver com a invisibilidade."
Fonte: reportagem de Cláudia Collucci, publicada na Folha de São Paulo de 09/05/2012, e fotos de Marlene Bergamo/Folhapress.